terça-feira, 27 de janeiro de 2009

"Minha querida filha"


Ribeirão Pires, 27 de janeiro de 2009.


Querida filha,


“Que bom que Deus fez de nós duas mais do que mãe e filha; permitiu que a gente dividisse o brilho do sol que pra muito jamais vai nascerQue bom que Deus deu para esse filme um lindo final, transformando um sonho em vida real, vida que a gente só tem que viver” ( Rick e Renner)


“Bebê tão Nitinho”, essa era a expressão que eu não cansava de repetir quando vc ainda era um bebê. A criança que veio em minha vida e me ensinou o que é amar.


Que fez dos meus dias absolutamente felizes. Tornou-os mais brilhantes e cheios de significados.
A sua singulariedade é tão especial que jamais Deus na sua infinita sabedoria poderia fazer outra igual a você.


Obrigada por ter me escolhido como sua mãe e saiba que é imensamnete maravilhoso compartilhar meus dias de vida com você.


Tudo que realiza me faz orgulhosa, sei da sua responsabilidade e de seus gradiosos valores. Sua virtude me faz ser sua fã.


Criança linda, sempre estarei a seu lado apoiando ou mesmo nem tanto, mas saiba que com minha experiência e amor indicarei o caminho mais indicado, dentro da minha concepção, no entanto somente você poderá escolher o que é melhor para sua vida, porém sei que fará as melhores escolhas, pois é cheia de luz.


A pouco completou 15 anos e é o anjo mais lindo que já pude repousar meu olhar e também sei que nesse mundo que está descobrindo pode ser que eu não tenha um lugar , mas saiba que sempre estarei ao seu lado a qualquer lugar que vá.


Meu amor por você é incondicional, portanto haja o que houver eu estarei aqui; meu amor, para sempre. Agradeço a Deus, nosso pai, todos os dias por ter me dado a oportunidade de compartilhar essa existência com você, minha filha, Jéssica.


Te amo.


Sua mamãe.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Uso das tecnologias em projetos disciplinares

Capítulo 1 - Introdução

A elaboração deste trabalho realizou-se em dupla, mas individualizando-se em suas funções dentro desta proposta. A autora Jaquilene de Lima Luz tem-se uma visão de Designer Instrucional focada na função de conteudista, enquanto a Srta. Sandra de Sales centralizou-se especificamente na função de Designer Instrucional.
A presente proposta de projeto instrucional é fruto de uma experiência profissional, originada de uma capacitação de professores que objetivava o aperfeiçoamento no uso do laboratório de informática com salas de aulas tradicionais.
Esses workshops foram ministrados presencialmente, capacitando professores e que deram resultados satisfatórios, quando da volta desses profissionais a suas respectivas escolas; e por esse motivo a proposta de transformar essa capacitação em um curso a distância oportuniza neste contexto.
A proposta foi construída no ambiente virtual TelEduc, as atividades elaboradas são simulações de estratégias de ensino, onde as novas tecnologias são incorporadas com intuito de aquisição de habilidades no uso do laboratório de informática pelos profissionais da educação junto aos seus conteúdos disciplinares.
Sua construção é sistemática, dinâmica, integralizadora e também tendo o cuidado de embutir a afetividade, que é um elemento importante no sucesso de um curso à distância. Os recursos promovem a interação, cooperação e colaboração.
A proposta disponibiliza um cronograma desde a divulgação até a conclusão do curso, que prevê quantidade de atividades por aula e tempo razoável da realização das mesmas.
O recurso específico do Designer apresentado nesta proposta demonstra a organização e estratégias que darão ampla segurança a toda equipe de programar as atividades no ambiente, garantindo a aprendizagem dos envolvidos.
A proposta estima uma equipe de profissionais de apoio ao curso como tutores, equipe multidisciplinar, de gestão, comunicação, além dos investimentos de curto e longo prazo.
A Proposta do Projeto Institucional foi estruturada para que o aluno desenvolva seu conhecimento e habilidades conforme vão teoricamente se informando e executando as atividades. Proporcionando uma linearidade no estudo dos conteúdos, que possibilitará um novo olhar sobre como aplicar seus conteúdos, utilizando as novas tecnologias.
Neste sentido o trabalho foi organizado em cinco capítulos, assim demonstrado, sendo o primeiro a introdução aqui descrita.
No capítulo II trata-se de dados gerais e específicos da proposta de projeto instrucional apresentando-se informações e dados de possíveis instituições, como também necessidades, justificativas e finalidades do projeto, público alvo, equipe, custo geral, bem como o cronograma.
Já no capítulo III mostra-se os recursos de design específicos do curso como mapa de atividades, storyboard e a matriz de design instrucional.
Apresenta-se no capítulo IV uma análise da proposta do projeto demonstrando aspectos positivos determinantes para o sucesso do curso.
As considerações finais, apontando sugestões para aprimoramento e reflexões sobre os resultados alcançados e aprendizagem adquiridas estão demonstradas no capítulo V.

Capitulo 2: Dados Gerais

2.1. Contextos em que a Proposta de Projeto Instrucional será realizada
O curso de “Uso das tecnologias em projetos disciplinares” pode ser oferecido por Instituições Educacionais em todo pais que fala Língua Portuguesa. Podendo esta instituição ser de ensino privado ou estadual ou qualquer secretaria da educação municipal ou estadual que tenha interesse em capacitar seus profissionais da educação, ministrado na própria instituição ou pólos educativos. Estas instituições devem ser sólidas para que o curso projetado não tenha que ser interrompido. Este curso possui a carga horária de 40 horas, sendo que o participante deve saber utilizar o Windows, um editor de texto, ter acesso à Internet Explorer 5.0 ou maior e possuir uma conta de e-mail.
Atualmente a educação requer uma mudança profunda sobre o pensar, divergindo para um ensino motivador, que contribua para a aprendizagem e a inserção da tecnologia com seus novos modos de aprender e ensinar; vem ampliando as possibilidades de informação e comunicação, além de colocar todo o potencial dessa tecnologia a serviço do aperfeiçoamento do processo educacional. Para isso é preciso refletir sobre como, quando , onde e porque utilizar o computador, estabelecendo estratégias bem claras e definidas desse uso. Conforme Valente (1999) diz:
“As novas modalidades de uso do computador na educação apontam para uma nova direção: o uso desta tecnologia não como "máquina de ensinar", mas, como uma nova mídia educacional: o computador passa a ser uma ferramenta educacional, uma ferramenta de complementação, de aperfeiçoamento e de possível mudança na qualidade do ensino. (VALENTE: 1999, p.70)
A principal finalidade desse curso é preparar profissionais, que estão envolvidos em docência no desenvolvimento de aulas inovadoras e interesse-se em utilizar tecnologia e publicações de seus trabalhos.
Este curso é destinado aos professores do Ensino Fundamental I (ciclo I), Ensino fundamental II (5ª a 8ª série), Ensino Médio (1º a 3ª série) e estudantes de graduação da área de educação com a finalidade principal de contribuir no processo de construção do conhecimento sobre como fazer uso da tecnologia em projetos disciplinares e interdisciplinares, contribuindo, assim, para diversificar suas aulas, ampliando a formação do professor tanto em uma perspectiva teórica, quanto a sua prática como docente. De acordo com Oliveira, Moreira (2001):
“O uso da informática na educação exige em especial um esforço constante dos educadores para transformar a simples utilização do computador numa abordagem educacional que favoreça efetivamente o processo de conhecimento do aluno.” (OLIVEIRA, MOREIRA: 2001).
Num projeto à distância, eleva-se o nível de exigência dos recursos humanos, que envolvem, além de professores especialistas, deve-se contar com tutores avaliadores, especialista em comunicação, Designer Instrucionais e um suporte de informação. Sabe-se que os profissionais dessa equipe devem ser altamente competentes para garantir o sucesso dos resultados educacionais do curso. A responsabilidade desses profissionais é compartilhada com a equipe, assim firmando uma política de integração da equipe. Podendo ficar assim distribuídos:
Pessoal de apoio técnico-administrativo: cuida das matrículas, expedição de materiais etc.
Professor Conteudista: Cabe a ele decidir como interligar as perspectivas do sujeito aprendiz, da sociedade e a sua própria, no sentido de que a experiência educativa por ele organizada possa ser significativa e relevante para os aprendizes.
Tutores: É ele que atua junto ao aluno com a responsabilidade de orientá-lo e acompanhá-lo no desenvolvimento dos seus estudos, auxiliando-o no sentido da aquisição de estratégias de aprendizagem, ajudando-o a adquirir autonomia de estudos e práticas auto-avaliativas. Além de orientar os alunos em suas duvidas, de forma rápida e objetiva por meio de comunicação individual.
Designer Instrucional (DI): Profissional responsável pelo projeto instrucional com tecnologias interativas de projeto ou cursos e aplicação da metodologia.
Web Designers Profissional responsável pelo conhecimento das tecnologias para o desenvolvimento de programas referentes à integração da parte assíncrona e dos aspectos de implementação de Banco de Dados Multimídia, Layout de texto, projeto gráfico, teoria geral da educação.
Suporte Técnico: Pessoal com conhecimento em serviços de suporte e da modalidade de educação à distância. Provedor de suporte, informação do cronograma e registro dos alunos. Manutenção de equipamentos.
O investimento em educação à distância – em profissionais, materiais educacionais, equipamentos, sistema de gestão e operacionalização é alto e deve ser cuidadosamente planejado e projetado de modo que o curso não tenha que ser interrompido antes de finalizado, prejudicando a instituição e principalmente, os estudantes.
Contudo estima-se um investimento de curto e médio prazo, e também custeio na implementação do curso de aproximadamente R$ 76.000,00, conforme planilha mostrada na Tabela 01 abaixo.
Portanto um curso deve ser avaliado constantemente, somado as atualizações tecnológicas, pois assim apresentará uma relação de custo/benefício, além de beneficiar no processo de aperfeiçoamento.
Tabela 01 – Planilha de custo prevista para o curso em questão.
Planilha de custo do Curso como um todo
Investimento de curto e médio prazo
Estimativa de Custo em Reais
Produção de material didático (Professores, equipe multidisciplinar e equipamentos)
20.000,00
Implantação do sistema de gestão
14.000,00
Equipamentos de comunicação, gestão, laboratórios etc.
15.000,00
Implantação de postos descentralizados de apoio presencial e centro de educação de educação a distancia ou sala de tutoria e de coordenação acadêmico operacional nas instituições.
10.000,00
Custeio

Equipe de tutores para atividades de tutoria
4.500,00
Equipe multidisciplinar
6.000,00
Equipe de gestão do sistema
4.000,00
Estagiários
1.500,00
Recursos de comunicação
1.000,00
Distribuição de material didático
-
Sistema de avaliação
-
(http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf - acesso 14/07/2008). http://www.datafolha.com.br/ . Acesso em 13/07/2008.
2.2. Cronograma
Da resolução das condições de funcionamento e contrato estabelecido há de respeitar um cronograma na seguinte organização: um período de dois meses entre a abertura de inscrições e fechamento; da avaliação pelo pessoal de apoio técnico-administrativo tem-se a necessidade de um período de um mês que estabelecerá data, tendo informado e todos tomados ciência das classificações pode-se a partir estabelecer data ou datas de matrícula.
Obviamente que este cronograma será apresentado inicialmente à divulgação do curso para organização pessoal e da instituição.
A seleção dos candidatos ao curso é realizada a partir dos dados preenchidos no formulário de inscrição on-line e do pagamento da taxa de inscrição do processo de seleção.
O curso será composto de oito aulas e três encontros presenciais, cada aula está programada com atividades a ser executada pelo aluno diariamente. Estas atividades podem ser cumpridas em qualquer horário do dia, mas não devem se postergada em prol da melhor interatividade com os outros participantes do curso.
Cada atividade apresentada ficará disponibilizada no ambiente até a disponibilização do próximo conteúdo, se o aluno não realizar a atividade no tempo proposto o sistema fechará e não será permitida sua execução. E serão assim distribuídos:
Primeiro encontro presencial, com duração de quatro horas, onde será apresentado o curso, a equipe e o ambiente virtual, que irão estudar, bem como, a integração do grupo.
Em seguida terá quatro aulas à distância com duração de uma semana cada aula, em média de quatro a seis atividades por aula, com seguintes temas:
· Primeira aula: Expectativas e Avaliações, Material de Apoio, Portfólio e fórum de discussão.
· Segunda aula: Teoria da Integração tecnológica, o aluno terá a oportunidade de investigar estratégias efetivas para integração de informações e tecnologias de comunicação com currículos existentes.
· Terceira aula: Aprofundamento de práticas para Integração tecnológica.
· Quarta aula: Mudança on-line e Colaborações.
Segundo Encontro Presencial: Construir-se-á conceitos de projetos Telecolaborativos. Com o objetivo de proporcionar discussão em volta do tema, dissolvendo dúvidas e acrescentando conhecimentos.
Após o segundo encontro terá mais quatro aulas virtuais com duração de uma semana cada aula e em média de 04 a 06 atividades, abordando os seguintes temas:
· Quinta aula: Mudanças on-line e Colaboração II parte, neste momento o aluno desenvolverá um projeto telecolaborativo.
· Sexta aula: Criação de contexto o aluno terá a oportunidade de criar um plano de aula integrando a tecnologia.
· Sétima aula: O Website como Recipiente de Material Curricular nesta aula o aluno vai explorar sites educacionais como uma ferramenta de comunicação facilita o ensino aprendizado entre uma comunidade. E construirão uma página de Web colaborativa que servirá aos propósitos pedagógicos.
· Oitava aula: Encerramento, Plano de Ação Pessoal, Avaliação e avaliação pessoal.
Terceiro Encontro Presencial: Encerramento das atividades com apresentação dos planos de ação pessoal e em grupo, bem como, os projetos ou aulas disciplinares publicadas na WEB.
A avaliação entendida como uma ação pedagógica necessária para que a qualidade do processo ensino-aprendizagem deve cumprir basicamente três funções didáticas pedagógicas: função diagnóstica, função formativa e função somativa.
A avaliação na educação a distância deve empregar diversos meios, estar à disposição do aluno, orientar o aluno e, certamente, não deve medir apenas quantidades ou refletir apenas um momento pontual.
Na EAD a avaliação funciona como um estímulo ao aluno, à sua aprendizagem e ao seu sucesso, pois favorece a autoconfiança.
Neste curso a avaliação dar-se-á através de:
· Freqüência ao ambiente de aprendizagem, para a realização das atividades propostas em cada aula.
· Realização das atividades avaliativas (fóruns, exercícios e trabalhos no portfólio) dentro do prazo proposto.
· Participação nos encontros presenciais.
2.3. Dados específicos do Projeto Instrucional
a. Tema
A proposta do projeto visa simulações de estratégias de ensino, com intuito de aquisição de habilidades no uso das novas tecnologias num curso à distância.
O profissional da educação, ainda hoje, se limita a textos e materiais impressos para o ensino, mas com o acesso a Internet inúmeros recursos contribuem com o conteúdo do currículo. Com tais recursos, professores e alunos criarão um novo ambiente de conhecimento, que proporcionará uma nova experiência de aprendizado que auxiliará os alunos adquirir habilidades necessárias para competir na atualidade.
Portanto fazem-se necessário desenvolver habilidades na utilização de recursos tecnológicos de forma coerente no desenvolvimento de aulas voltada as inovações da informática educativa. Portanto um curso presencial, muitas vezes, traz custos altíssimos e tempo disponível, contudo oferece oportunidade de participarem do projeto num ambiente à distância, que tem como tema o uso da tecnologia em projetos disciplinares.
b. Objetivos gerais e específicos
O propósito deste curso é ajudar os participantes a desenvolver habilidades de criação de projetos disciplinares, que incorporem as ferramentas tecnológicas com envolvimento do currículo de suas disciplinas e facilite práticas inovadoras e motivadoras na sala de aula.
O profissional da educação enfrenta problemas em como fazer os alunos interessarem por suas aulas, tornando-se um desafio, pois o aluno precisa de um problema para resolver e não só um tema ou um título dado em sala de aula, a exposição de seus conhecimentos necessita ser provocado e não se pode ter medo de errar, precisa-se de inovações.
A finalidade do conhecimento, afirma Edgar Morin, (1999):
“Não é encontrar certezas ou verdades absolutas, mas aprender a lidar com as dúvidas. As incertezas devem servir de estímulo para a busca de novas idéias e soluções para problemas” (MORIN: 99).
Segundo ele, a educação deve preparar o indivíduo para lidar com as incertezas – históricas e científicas – que o rodeiam, portanto uma das tarefas da educação, para Morin (1999), é mostrar que:
“Não há conhecimento que não esteja ameaçado, em algum grau, pelo erro e pela ilusão”. (MORIN: 99).
Em outras palavras, a “racionalidade” do conhecimento, que muitas vezes é à base da pedagogia, também está sujeita a erro.
O professor enfrenta, atualmente, inúmeros problemas em sala de aula, necessitando planejar, negociar e inovar suas aulas para assim chamar a atenção de alunos desmotivados para o ensino aprendizagem, talvez nessa corrida para melhor integração do conhecimento, e se bem conduzida, aulas com uso das ferramentas da Internet, ou, outras tecnologias que utilize como meio educativo um instrumento para condução desse aprendizado.
A elaboração de projetos em salas de aulas é uma forma de desenvolver problemáticas que causarão abalo em situações, muitas vezes, não percebidas na rotina de sala de aula. Conforme, Almeida (2000):
“Projeto não é apenas uma plano de trabalho ou um conjunto de atividades bem organizadas. Há muito mais na essência de um bom projeto (...) o trabalho de uma escola não está reduzido a uma grade curricular, a um acúmulo de disciplinas. Além da coerência própria de cada área do saber, necessita-se muito mais: são as dimensões além dessas lógicas que dão o significado profundo de nosso trabalho. É preciso atribuir perspectivas políticas, estéticas, afetivas e tecnológicas ao saber para que tenha significado de valores humanos.” (ALMEIDA: 00:23)
O curso “Uso das tecnologias em projetos disciplinares” tem como objetivo capacitar profissionais da educação, em especial, professores a tornar suas aulas mais dinâmicas, fazendo uso da tecnologia.
O curso tem início com uma aula presencial, quando o aluno receberá informações sobre como conduzir seu curso, on-line (pela Internet). Receberá informações de como usar a Sala de Aula Virtual e de como é realizada a tutoria, além de conhecer a metodologia pedagógica adotada, a carga horária do curso e das aulas.
As aulas projetadas para o curso terá o apoio pedagógico e tecnológico possibilitados pela internet, mediante a um sistema gerenciador de aprendizagem desenvolvidos para atender as necessidades da Educação a Distância, no caso, o TelEduc.
Devido à modalidade do curso ser à distância os alunos deverão ter acesso a um computador com internet, para facilitar o andamento e aproveitamento do curso. Esse acesso poderá ser realizado onde melhor convier ao aluno. Para o desenvolvimento das atividades e esclarecimento de dúvidas, todos os alunos contarão com o permanente suporte e acompanhamento dos professores/tutores para qualquer esclarecimento que se fizer necessário, seja por e-mail ou sala de aula virtual.
A metodologia do curso é estruturada com 40 horas divididos em 8 aulas com 39 atividades, em cada aula o aluno deverá dedicar-se de 1 a 2 horas diárias, devendo o aluno ter respeito às atividades a ser desenvolvidas, e prazo de entrega e a forma de encaminhá-lo a avaliação.Este curso conta também com três encontros presenciais. Esse momento ocorrerá nos pólos regionais ou na própria instituição onde o aluno se matriculou. Os encontros presenciais são momentos em que os alunos terão conhecimentos da dinâmica do curso, conhecerá a equipe e realizarão os trabalhos em grupos onde ocorre a integração do grupo.
A aprendizagem neste curso requer algumas recomendações que pode se destacar:
· Disciplina no estudo, o aluno deve planejar o seu aprendizado evitando o acúmulo de leituras de conteúdos ou de outras atividades;
· Usar todos os recursos que são oferecidos no curso;
· Conscientizar de que um curso EaD exige o mesmo empenho que um curso presencial, com o diferencial de que, na EaD, ele passa a ser o condutor de sua própria aprendizagem. Ele deve saber gerenciar bem seu tempo, ter disciplina e convicção do que quer e precisa aprender.
c. Público alvo específico.
O público se constituirá de profissionais da área de educação que, obviamente, já sejam graduados ou estudantes e tenham interesse no aperfeiçoamento de práticas pedagógicas que visem à introdução de tecnologias inovadoras incorporados a seus currículos.
É importante que os profissionais saibam utilizar o Windows, um editor de texto, ter acesso a Internet pela Internet Explorer 5.0 ou superior, possuir uma conta de e-mail.
O projeto será disponibilizado em português, portanto faz-se necessário que os participantes tenham proficiência.
A atuação ficará a cargo do participante, sendo de casa, escritório, Lan houses, instituições, etc.
Os participantes deverão disponibilizar, pelo menos, uma hora por dia na realização das atividades propostas.
A interação entre eles, formadores, tutores e professores dar-se-á através de e-mails pessoais e o ambiente de aprendizagem.
Em caso de dificuldades no acesso e utilização das mídias o participante poderá enviar um e-mail que em até vinte quatro horas seu atendimento será processado.
Espera-se ao finalizar este curso estejam familiarizados com as ferramentas de aprendizagem que possibilitam a utilização de projetos, onde utilizarão tecnologias incorporadas aos seus conteúdos, bem como, hábeis no desenvolvimento de novas estratégias, inovando suas metodologias.
d. Design e desenvolvimento instrucional
Desenvolveu-se o curso no ambiente TelEduc, que permite a criação, participação e administração de cursos na Web.
“Foi idealizado tendo em vista o processo de professores para a informática educativa, a partir da metodologia de formação contextualizada criada por pesquisadores do Nied (Núcleo de Informática Aplicada à Educação) da Unicamp sob a orientação da Profª. Dra. Heloísa Vieira da Rocha do Instituto de Computação da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas)”. (ROCHA: 02)
O software tem uma facilidade no uso de suas ferramentas, principalmente a usuários que não tem experiências em computação.
O curso embasa-se na teoria pedagógica construtivista e sócio-interacionista (http://www.ead.unifei.edu.br/~livrodigital/geraLivro.php?codLivro=173&codCap=160. Acesso em: 09/06/2008). Na construtivista a construção de uma tarefa leva-se em conta o nível cognitivista, quanto maior o nível mais as estratégias construtivistas tornam-se adequadas ao processo, pois a construção individual ou cooperativa de conhecimento pelo próprio aluno é mediada pelas mídias, uma vez que o conhecimento é construído através de experiências, o aprendizado é uma interpretação pessoal do mundo e finalmente aprender é um processo ativo no qual o significado é desenvolvido com base em experiências, já na sócio-interacionista a interação social exerce um papel fundamental no desenvolvimento cognitivo. Portanto cabe ao educador associar aquilo que o aprendiz sabe a uma linguagem culta ou científica para ampliar seus conhecimentos daquele que aprende, de forma a integrá-lo histórica e socialmente no mundo, ou ao menos, integrá-lo intelectualmente no seu espaço vital.
Trazendo estes conceitos para a área da informática na educação, considera-se que, para um trabalho obter resultados positivos, pode utilizar as tecnologias da informação e comunicação de forma que possam contribuir para o aprendizado dos estudantes. E para que isso ocorra, o trabalho deve ser cooperativo, colaborativo e interativo.
Cooperativo no sentido dos trabalhos em grupos, onde todos participam, contribui de forma conjunta para atingir os objetivos comuns do grupo. Esse trabalho pode ser feito através do Chat ou a utilização do NetMeeting com o compartilhamento de arquivos on-line, no caso de ser à distância, caso seja presencial através da troca verbal de informações e expositiva.
Colaborativa através da troca de materiais encontrados, individualmente, cada integrante do grupo dá sua contribuição. Essas contribuições podem ser de forma presencial ou à distância.
À distância as contribuições podem ser através de uma lista de discussão, e-mail entre outros.
Interativa no sentido de tornar o trabalho integrado, onde todos possam interagir para que o trabalho em grupo se torne significativo para os participantes.
Nesta abordagem pedagógica construtivista o professor passa a ser o mediador, deixa de ser aquele que detém os conhecimentos e sua função deve ser a de criar situações favorecedoras de aprendizagem, a construção do conhecimento pelos alunos é fruto de sua ação, o que faz com que eles se tornem cada vez mais autônomos intelectualmente.
Na abordagem sócio-interacionista a Internet permite a possibilidade não só de buscar informações, como também auxiliar o professor no processo de educação à distância, utilizando novos métodos de interação com o aluno, como participação em chats, listas de discussão, e videoconferências.
O suporte mediático ficará por responsabilidade do ambiente de aprendizagem onde os alunos acessarão os textos, exercícios, bibliografia, na própria página do curso na Internet. Os arquivos poderão ser salvos ou imprimidos. A integração com professores e outros alunos serão realizados através das ferramentas chat, correio e fórum de discussão. As apresentações criadas pelos alunos serão disponibilizadas na ferramenta “Portifólio”, como também será disponibilizada no ambiente uma ferramenta para execução de exercícios que tem o mesmo nome. O roteiro das atividades será apresentado na ferramenta “Atividades” e as pautas de apresentação estarão disponibilizadas na ferramenta “Agenda”.
O curso será desenvolvido em oito aulas com um intervalo de execução das atividades propostas de sete dias úteis.
As atividades, em geral, serão disponibilizadas assincronamente, destacando que da necessidade, no decorrer do curso, da utilização de uma ferramenta síncrona, como um bate-papo, o agendamento pelos participantes será obrigatório.
Os prazos de execução de atividades e exercícios ficarão a critério do participante, não excedendo aos prazos determinados em cada aula, enquanto o fórum de discussão terá um prazo de três dias para participação dos alunos.
Todas as aulas serão introduzidas na ferramenta “Agenda” e os roteiros das atividades serão disponibilizados na ferramenta “Atividades”.
Segundo o Centro de referência a Educação:
“A avaliação formativa não tem como objetivo classificar ou selecionar. Fundamenta-se nos processos de aprendizagem, em seus aspectos cognitivos, afetivos e relacionais; fundamenta-se em aprendizagens significativas e funcionais que se aplicam em diversos contextos e se atualizam o quanto for preciso para que se continue a aprender.
Este enfoque tem um princípio fundamental: deve-se avaliar o que se ensina, encadeando a avaliação no mesmo processo de ensino-aprendizagem. Somente neste contexto é possível falar em avaliação inicial (avaliar para conhecer melhor o aluno e ensinar melhor) e avaliação final (avaliar ao finalizar um determinado processo didático).
Se a avaliação contribuir para o desenvolvimento das capacidades dos alunos, pode-se dizer que ela se converte em uma ferramenta pedagógica, em um elemento que melhora a aprendizagem do aluno e a qualidade do ensino”.(http://www.centrorefeducacional.com.br/avaforma.htm:%20%20Acesso%20em%2011/06/2008)
E na abordagem dos autores do Livro Digital (2008), capítulo 3 apresentado do ambiente TelEduc para os cursos de DI:
“A avaliação formativa tem características informativas e reguladoras, fornecendo informações aos dois atores do processo de ensino-aprendizagem:
- ao professor, que será informado por feedbacks consistentes da trajetória de um curso, sobre os efeitos reais de suas ações, podendo regular sua ação pedagógica; - ao aprendiz, que terá oportunidade de tomar consciência de suas dificuldades, administrarem melhor o seu tempo e, possivelmente, reconhecer e corrigir seus próprios erros durante o curso.
Estas características revelaram uma especial importância no contexto da EaD via Web, pois: possibilitam que os formadores, mesmo a distância, percebam as dificuldades de seus alunos e os orientem efetivamente; orientam tanto formadores como os alunos em direção aos objetivos; incentivam a autonomia e tornam a participação dos alunos mais ativa; fornecem dados e informações ao Designer Instrucional para rever seu planejamento e suas ações didáticas visando êxito na aprendizagem do aluno.” (http://www.ead.unifei.edu.br/~livrodigital/geraLivro.php?codLivro=153&codCap=255 - 11/06/2008)
Portanto o emprego da avaliação formativa é a ideal para o nosso trabalho com nossos profissionais da educação que proverão conhecimento a partir do desenvolvimento do curso.
e. Conteúdo
Dentro do Ambiente de aprendizagem TelEduc as ferramentas estão disponibilizadas de forma organizada e será utilizada como recurso de apoio para disponibilização do conteúdo do curso.
Á princípio, organizar-se-á o curso, utilizando um cronograma por aula na ferramenta “agenda”, possibilitando ao aluno saber qual é a tarefa da aula.
Nesta ferramenta é dada a indicação para segmento dos procedimentos, onde o aluno terá que se dirigir para ferramenta “atividades”, que estará descrito o objetivo da aula e das atividades que compõem a mesma e indicação de localização dos textos que comporão a execução das atividades. Nela o aluno se encaminhará para ferramenta “Material de apoio”, onde será disponibilizado o conteúdo de leitura para execução, posterior, dos exercícios.
Na ferramenta “Material de apoio” as atividades estarão disponibilizadas no seguinte formato:
Aula
Atividade
Formato
01
01
Doc.
02
08
Doc.
03
10 e 12
Doc.
04
17 e 19
Doc.
06
27
Doc.
Na ferramenta “Leitura” o conteúdo estará disposto no seguinte formato:
Aula
Atividade
Formato
03
Leitura complementar
Htm.
05
22
Doc.
05
Leitura complementar
Htm.
Neste curso apresentarão algumas atividades dinâmicas que colaborarão com o melhor aprendizado dos alunos. O DI neste planejamento teve um papel importante e de forma criativa as dispôs estrategicamente.
A primeira dinâmica apresentada aos alunos está na aula um, onde o aluno disponibilizará na ferramenta “diário de bordo” suas primeiras expectativas, posteriormente ele discutirá com os colegas e ao mesmo tempo trocarão suas expectativas na Ferramenta “fórum de discussão”, essa dinâmica dará oportunidade aos participantes de expor o que esperam do curso e também de saberem dos outros participantes o mesmo e em contrapartida fazerem uma reflexão.
Na aula dois terá um estudo de caso que proporcionará aos participantes a oportunidade de explorarem modos dos professores agruparem alunos-computador, assegurando que tantos estudantes quanto possível tenham acesso ao computador e uma oportunidade para trabalharem com isto de um modo significante. Na aula três, outro estudo de caso, oportunizará outra forma de estudo que apresentará um cenário no qual o professor dispõe de uma conexão on-line com tempo limitado para elaborar um projeto telecolaborativo. Os participantes discutirão o cenário, trocarão idéias para lidar com estas situações e considerarão formas de equilibrar o trabalho on-line e off-line, gerando um projeto intensivo no laboratório.
Na aula seis, um “circulo de revisão” é apresentado para os participantes como forma de elencar pontos divergentes, mal compreendidos ou bem elaborados. Esse exercício além de perceber no outro esses detalhes, também é ótimo para refletir a organização dos próprios projetos. Na mesma estratégia, mas num ângulo macro está colocado na aula sete, onde os alunos observarão qualquer site educacional, apontando sua organização, disponibilização de ferramentas e conteúdos, podendo perceber como dar início em seus próprios sites.
f. Tipo de Comunicação.
Sabendo-se que,
“Informação e comunicação são processos férteis, envolventes e complementares e encontram nas tecnologias eletrônicas uma aliança que estabelece diferenças marcantes no nosso tempo. Aliás, com tais recursos as variáveis, tempo e espaço passaram a ser cada vez mais relativas. Hoje praticamente todas as áreas do conhecimento manifestam a geração acelerada de informações, oriundas das diferentes atividades, motivadas pela velocidade dos processos simbólicos de interação social, mediados pelos diferentes aparatos tecnológicos.” (http://www.embrapa.br/embrapa/imprensa/artigos/2008/copy_of_a-velocidade-da-informacao-e-o-processo-da-comunicacao . Acesso em 19/01/2008).
Em virtude disso o curso se encaixa nesse novo processo de comunicação, que permeia o dinamismo e a necessidade da busca de informações imediatas; potencializando o processo de produção, envio e recepção de mensagens.
De acordo com o publico-alvo proposto neste curso faz-se necessário uma linguagem textual formal, nos ambiente que postarão as atividades e apresentações, mas destaca-se que em ambiente de cunho comunicativo a linguagem informal e cordial; seguindo a netiqueta de um ambiente virtual estará presente, mesmo porque, as pessoas necessitam se sentir integradas e a forma dessa linguagem é essencial neste sentido.
Manifestar cordialidade nas mensagens e elogios em atividades bem elaboradas por parte dos tutores é uma estratégia de afetividade e interação, bem como, ter cuidado ao enviar mensagens críticas deva ser estrategicamente elaboradas, mas o que fica mais eficiente é a construção de uma reflexão.
O conteúdo será disponibilizado nos ambiente, visando um foco particular numa linguagem informal e cordial manifestado pelos pronomes pessoais de tratamento em terceira pessoa como: você, senhora etc. E quando da necessidade de uma interação com o grupo o mesmo ocorrerá.
g. Formas de interação e feedback.
Segundo Rute Favero e Sergio Roberto K. Franco (2008) em seu artigo, As categorias que definem a ocorrência de diálogo em Ambientes Virtuais de aprendizagem:
“Partindo-se do princípio que diálogo não é permuta ou troca, mas sim uma revelação dos interlocutores, o diálogo que ocorre entre os educadores e educandos e entre educandos e educadores, num ambiente virtual de aprendizagem, é essencial para a continuidade dos educandos dentro deste ambiente, o que pode contribuir para uma maior geração de conhecimento. A observação, mesmo que empírica, evidencia que o diálogo evita a grande evasão que vem ocorrendo nestes ambientes. Enquanto um educador dialoga com seu educando, estes estão vivenciando um momento de aquisição mútua de conhecimento”. (http://www.ead.unifei.edu.br/~teleduc/cursos/diretorio/leituras_1303_36/dialogo%20em%20ambientes%20virtuais.pdf?1213548064 – 15/06/2008)
Diante do exposto acima é de extrema necessidade que se coloque a importância da ferramenta, onde sua função de interação e articulação partirá de um assunto inerente ao tema do curso, que gerará o conhecimento. Neste ambiente as articulações se iniciarão com um questionamento e as participações se articularão no intuito de auto-avaliação e reflexão.
Os tutores interagirão nas discussões quando da necessidade de uma intervenção teórica e nos inícios dos diálogos como introdução do assunto.
Na aula um, atividade três, a importância da discussão será no âmbito de trocas de expectativas iniciais, disseminando entre os participantes um primeiro contato on-line. O intuito é que os participantes percebam que interesses individuais possam ser também do grupo.
Outro momento de interação dentro do curso ocorrerá na aula cinco, uma vez que os grupos discutirão seus projetos disciplinares com o objetivo de encontrarem pontos relevantes na construção eficaz do mesmo.
Haverá momentos que os grupos trabalharão com o objetivo de elaborar um produto final da atividade, para esse desenvolvimento deverão se comunicar por e-mails, correios, ou até mesmo MSN para discutirem e concluírem a atividade e depois postarem, finalmente, na ferramenta “Portifólio do grupo”. Esse exercício desenvolverá nos participantes uma relação de troca e companheirismo, pois dependerá de todos para o sucesso da execução do trabalho.
O aluno nesse processo de construção de conhecimento deve ter consciência de sua participação, pois apesar de todas as estratégias de afetividade e interação, ainda, só dependerá da convicção dos objetivos do participante. Outro item importante neste processo é a carga de afetividade que deve transparecer nos textos, visto que estando num ambiente virtual a forma de interação se manifestará através da escrita, portanto, os tutores estarão sempre articulando através de e-mails e correios a atenção a esse quesito.
Importante destacar que os feedback ocorrerá por meio de correio, e-mails, comentários, para que o aluno sinta-se parte integrante do todo e quando da solicitação dos tutores pelos alunos o atendimento se dará até 24 horas da solicitação.

CAPÍTULO 3: Recursos de Design específicos do curso

Faz-se necessário que o DI conheça os recursos existentes e como estratégia pedagógica, aplicá-lo no planejamento das atividades desse curso, não é necessário que ele tenha os conhecimentos técnicos para elaborar os conteúdos na utilização dos recursos, pois esta é uma função do Web Designer que tem a formação específica.
Tornar essas atividades interativas e colaborativas é uma forma de dinamizá-las, atraindo o aluno para a aula em questão, assim, não desenvolvendo no participante uma desmotivação por causa de aulas monótonas, que manifestaria um descontentamento e até mesmo a desistência do mesmo:
“Dentre os vários recursos que um DI precisa conhecer para tornar as atividades dinâmicas e principalmente motivadoras que chamamos de mídias na educação, cada tipo de mídia requer planejamento cuidadoso e que vai além da disponibilidade dos equipamentos e da definição de seu uso em determinada aula, A escolha do tipo particular de mídia para a realização de projetos em EAD vai orientar, por exemplo, a organização e treinamento da equipe responsável, os investimentos em infra-estrutura tecnológica, a forma como serão planejado e disponibilizado as atividades educacionais etc. Segundo Moore e Kearsley (1996), http://pucsp.br/ecurriculum/artigos_v_1_n_1_dez_2005/vanikenskiartigo.pdf,
A seleção de mídias deve seguir os seguintes passos:
· Identificar os atributos da mídia requeridos pelos objetivos instrucionais ou atividades de aprendizado.
Identificar as características dos estudantes que sugerem ou excluem determinado tipo de mídia.
Identificar características do ambiente de aprendizagem que favorece ou exclui certo tipo de mídia.
Identificar fatores econômicos ou organizacionais que podem afetar a viabilidade de certa mídia.
Veja as diferentes tecnologias e mídias que podem ser utilizadas em um ambiente de aprendizado computacional:
World Wide Web (WWW)
Vídeo digitalizado
CD-ROM
Chat
Apresentação de diapositivos
Streaming Áudio
E-mail
Fax
Software
Áudio/Vídeo conferência
TV
Voz
Material impresso
Fitas de Áudio/Vídeo
A Videoconferência é uma mídia também utilizada pelo DI que permite a comunicação entre duas ou mais pessoas localizadas em locais diferentes, comunicando-se através de áudio e vídeo em tempo real ou não. Atualmente já é possível assistir uma videoconferência mesmo que o aluno não esteja presente em tempo real. O vídeo pode ficar disponibilizado no ambiente para que o aluno assista quando tiver oportunidade, porém neste último caso ele perde a interação. Este recurso tem como principal vantagem viabilizar a diminuição dos gastos com viagens e alojamento, pois propicia que aconteça uma reunião ou outro evento sem que seja necessário o deslocamento das pessoas. Mas para que a videoconferência e transmissões aconteçam em tempo real, alguns equipamentos se fazem necessários:
· Câmeras de vídeo digital e analógico
· Câmeras de videoconferência: Polycom, D-link
· Câmeras de documentos
· Placas de captura
· Conversor externo de PC para TV
· Microfone sem fio.
Animações em Flash permite a criação de conteúdos multimídia de alta qualidade, interativos e animados é vantajoso de se utilizar para conteúdos de auto-estudo e em aulas cujos conteúdos são difíceis de ser compreendidos pela complexidade do tema.
Filmes ou vídeos também são recursos muito importantes para EaD. Assim como o Flash, existem várias formas de aplicações de filmes em cursos on-line, desde as mais simples, que utilizam técnicas até as mais avançadas, que necessitam de especialistas.
Um DI pode utilizar também outro recurso que são os exercícios interativos para tornarem as atividades propostas num curso em EaD mais atraentes e que provoquem motivação, interação, cooperação, colaboração e afetividade. Esses recursos podem ser: “palavras cruzadas” e “campo minado”. Palavra Cruzada faz parte do software “Hot Potatoes” de fácil instalação constituída de cinco ferramentas de autoria que inclui lacunas, ligar (ou relacionar as colunas) montar frases e quiz. Essas atividades são criadas no computador do editor antes de serem transferidas ao servidor do curso.
O Campo Minado é um exercício ou jogo interativo de aprendizagem que foi desenvolvido por pesquisadores da Equipe de EaD da UNIFEI. Uma das vantagens é esse tipo de exercícios provocarem motivação e interação do aluno com o curso.
Todos os recursos e procedimentos para criação dos exercícios interativos podem ser encontrados nos links abaixo:
Lacunas – Essa atividade permite que o editor (docente), teste os conhecimentos do aluno sobre um (texto) da disciplina. http://www.ead.unifei.edu.br/~marketing/jogos/lacuna/ - acesso 20/06/2008.
Ligar colunas – Essa atividade permite que o professor crie duas colunas com frases ou palavra, onde uma será relacionada com a outra. A associação entre uma palavra de uma coluna para outra pode ser feita arrastando os itens ou selecionando o item relacionado.
http://www.ead.unifei.edu.br/~marketing/jogos/ligar%20coluna/ - acesso 20/06/2008.
Montar Frase – Essa atividade permite que o editor (professor) coloque uma frase de um determinado conteúdo e a mesma será trocada para o usuário ( aluno) a ordene.
http://www.ead.unifei.edu.br/~marketing/jogos%20montar%20frase/ -acesso 20/06/2008
Quiz- Uma ferramenta de perguntas e respostas de vários tipos:
Hibrida: Respostas curtas e podendo se hibridas, tornando assim um quiz de múltipla escolha.
http://www.ead.unifei.edu.br/~marketing/jogos/quiz/quiz/HI.htm - Acesso 20/06/2008
Múltipla escolha: somente uma resposta correta. http://www.ead.unifei.edu.br/~marketing/jogos/quiz/quizME.htm - Acesso 20/06/2008
Respostas curtas: De acordo com a pergunta, pode ter uma ou mais respostas curtas.
http://www.ead.unifei.edu.br/~marketing/jogos/quiz/quizRC.htm - Acesso 20/06/2008
Seleção múltipla: Varias respostas podem estar corretas
http://www.ead.unifei.edu.br/~marketing/jogos/quiz/quizSM.htm - Acesso 20/06/2008
Os materiais impressos é outro recurso que o DI poderá utilizar, pois é uma mídia com maior presença em todos os contextos de aprendizagem e passa a englobar todos os textos escritos presentes em materiais físicos, como caderno, livros, até a transposição para os contextos digitais e virtuais, passando a compor um hipertexto e hipermídia, quando incorpora, além do texto, outras mídias.
A decisão em utilizar ou não esse ou aquele recurso é da equipe, e sempre levando em consideração a clientela, e o objetivo principal da aula, que deve proporcionar um curso de qualidade e motivador para o cursista.
Dentre os recursos necessários para um DI destaca-se o Mapa de Atividades, o Storyboard e a Matriz de DI que serão analisados a seguir.
O Mapa de Atividades é um documento elaborado para que o Design Instrucional, que terá uma visão geral do conteúdo. A partir do mapa o DI criará atividades motivadoras, interativas e dinâmicas que um curso a distância necessita para que o cursista não se sinta desmotivado.
O mapa de atividades apresentado neste trabalho, curso “Uso das tecnologias em projetos disciplinares”, propõe atividades de aprendizagem que objetiva motivação, interação e dinamismo. Um exemplo de mapa de atividades para este curso é apresentado na Tabela 02 abaixo:
Tabela 02: Exemplo de Mapa de Atividades
Aula/
Semana (período)
Unidade (Tema principal)
Sub-unidades (Sub-temas)
Objetivos específicos
Atividades teóricas e recursos/ferramentas de EaD
Atividades práticas e recursos/ferramentas de EaD
Encontro Presencial
Integração do grupo e conhecimento da dinâmica do curso.
1- Apresentação do curso;
2- Apresentação da equipe;
3- Apresentação do ambiente virtual.
- Tomar conhecimento dos fundamentos, objetivos, metas, estrutura do curso;
- Apresentar a equipe que acompanhará os participantes do curso, obtendo uma integração.
- Promover uma interação ao ambiente virtual.
- Preenchimentos de documentos necessários para permanência do cursista.

Atv A- Acessar e ler as informações do arquivo anexado na ferramenta. Ferramenta: Dinâmica do curso.
Atv B - Preencher o perfil com dados que abra caminho para a aprendizagem colaborativa. Ferramenta: Perfil
Atv C - Elaborar uma mensagem de apresentação e enviar aos colegas. Ferramentas: Correio.

Aula 1 – sete dias úteis
Expectativas e Avaliação
1- Diário de Processo.

2 - Explorações do Contexto Profissional
1 - Apresentar aos participantes uma ferramenta de aprendizagem que os permitirá refletir sobre seu próprio processo de aprendizagem.

2 - Promover uma oportunidade para refletir os contextos de ensino individuais e desenvolver idéias sobre como integrar melhor a tecnologia.


Atv 1 -: Leitura do texto – “Porque manter um Diário?” – Recursos: Doc. Ferramenta: Material de apoio
Atv. 2 – Diário de bordo e fórum de discussões – “Primeiras expectativas”

Atv 3 – Fórum de discussão- “Primeiras expectativas”.

Atv. 4 – “Exploração do contexto profissional” – Disponibilizar no portifólio.

O “Storyboard” é um recurso importante para o DI elaborar roteiro para resolução de dúvidas e tomada de decisões com relação ações educacionais, além de ser um projeto de demonstração para clientes. Sua aplicação é direcionada ao detalhamento de aulas, fórum, organização de conteúdo no ambiente.
Apesar de ser um documento prático o DI não pode deixar de fundamentar teoricamente, pois possibilita um suporte de decisões e funcionalidade do produto.
O DI será o aglutinador das decisões, enquanto junto com a equipe planeja as atividades, especificando no Storyboard e garantindo que estejam efetivamente na ação educacional.
O DI geralmente não trabalha sozinho, a equipe o ajuda a desenvolver o Storyboard, dando-lhes informações do conteúdo e design, seu trabalho é complexo e segundo o documento “Livro Digital” – Capítulo 1, fornecido para leitura no curso de EaD da Unifei:
“Depende de quanto à equipe está entrosada (se as funções estão bem definidas, se os processos estão claros e fluem harmonicamente, etc.), depende de quanto às questões tecnológicas e de interface já estão padronizadas (por exemplo, se existem templates para determinados conjuntos de cursos), depende do próprio status do DI no projeto (se é um prestador de serviços e se o SB mostrará detalhadamente como será o produto final).”( BRAGA, FRANCO, TORRES http://www.ead.unifei.edu.br/~novolivrodigital/geraLivro.php?codLivro=2&IdSess=LD15022008133237- acesso em 23/06/2008)
Esse profissional deve garantir que o objetivo seje perseguido em cada frame, página e mensagem, além de assegurar que o aluno receba orientação, executem as tarefas e receba feedback, mas também que de alguma forma ele se auto-avalie e perceba se o objetivo proposto foi atingido.
Neste curso o Storyboard foi estruturado de forma hierárquica, possibilitando ao participante a aquisição de conhecimento, principalmente, garantindo a inexistência de conhecimentos prévios, pois há tarefas especificas a cumprir, assegurando um crescimento intelectual.
Abaixo, na Figura 01 segue um Storyboard da aula 4 como demonstração:
Figura 01: Exemplo de Storyboard

A “Matriz de DI” é um recurso que proporciona um amplo acompanhamento pela equipe e para o próprio cliente para observação detalhada das atividades dinâmicas de um curso à distância.
O processo de adaptação de atividades presenciais em virtuais é complexo, sendo assim, precisa-se de formas para facilitar a visão das tarefas e torná-las atrativas virtualmente.
Têm-se desenvolvida neste curso algumas dinâmicas que são estruturadas de forma a manifestar resultados de interação entre os colegas e efetiva aprendizagem colaborativa.
Na Tabela 03 abaixo, tem-se a Matriz de DI proposta para este curso:


Tabela 03 - Template – Matriz de Design Instrucional
Detalhamento das atividades dinâmicas virtuais individuais e de grupo

Identificação da Atividade
Descrição/proposta da dinâmica
Objetivo(s)
Critérios / avaliação
Tipo de interação
Prazo
Ferramenta
Conteúdo(s) de apoio e complementares
Produção dos alunos / avaliação
Feedback
Aula 1
Atividades 1,2,3
Diário de Processo
Os alunos escreverão Diário de bordo suas Primeiras expectativas que permitirá o participante fazer uma reflexão introspectiva.
Promover uma oportunidade para refletir os contextos de ensino individuais e desenvolver idéias sobre como integrar melhor a tecnologia

-Organização e realização dentro do prazo
Individual
(2 dias)
Fórum de discussão e Diário de bordo
--------
Discussão no fórum
A atividade será comentada e avaliada com no máximo 3 dias após o encerramento do prazo
Aula 2- Atividade 8 e 9
Estudo de caso
Os alunos criarão propostas de solução para um problema que a professora enfrenta, onde deve incluir computadores a sua sala de aula.
Explorar modos dos professores agruparem alunos-computador, assegurando que tantos estudantes quanto possível tenham acesso ao computador e uma oportunidade para trabalhar com isto de um modo significante.
-Forma na elaboração da solução do problema.
-Organização e realização dentro do prazo
Individual

(2 dias)
Material de apoio.
Portifólio individual
Texto “Estudo de caso Srta. Jéssica”
Documento texto Word – com relatório contendo a solução do problema.
A atividade será comentada e avaliada com no máximo 3 dias após o encerramento do prazo.
Aula 6 – Atividade 29
Interação e avaliação
Os alunos explorarão os planos de aulas de outro colega, pré-definido, na intenção de destacar pontos que poderiam ficar mais elucidados ou mesmo faltando.
Promover uma interação através da exploração dos planos de aulas dos colegas.

- Critérios na abordagem dos pontos elucidados.
- Organização e realização da atividade dentro do prazo.
Individual
(2dias)
Portifólio individual
----
Documento texto Word – com a revisão do plano de aula do colega.
A atividade será comentada e avaliada com no máximo 3 dias após o encerramento do prazo.
Aula 7 – atividade 34 analise
O grupo desenvolverá uma analise destacando, organização, dinâmica e ferramentas de um site educacional.
Explorar a idéia de sites educacionais da Web como uma ferramenta de comunicação que facilita o ensino e aprendizado entre uma comunidade de aprendizado.

- Organização das idéias.
- Destaque dos principais objetivos.
- Realização da atividade dentro do prazo.
Grupo
(3dias)
Portifólio do grupo
------
Documento texto Word – texto contendo análise do site educacional escolhido.
A atividade será comentada e avaliada com no máximo 3 dias após o encerramento do prazo.
Aula 3 – Atividade 10, 11 e 12
Estudo de caso.
Os participantes lerão o Texto Estudo de caso Sr. Alberto”, logo depois discutirão com seus colegas formas de resolução do problema e finalizarão a dinâmica realizando um exercício.
Esta atividade apresentará um cenário no qual o professor dispõe de uma conexão on-line com tempo limitado para elaborar um projeto telecolaborativo. Os participantes discutirão o cenário, trocarão idéias para lidar com estas situações e considerarão formas de equilibrar os trabalhos on-line e off-line, que ajudem a gerar um projeto intensivo no laboratório.

- Forma de elaboração da solução do problema.
-Critérios na abordagem dos pontos elucidados.
- Organização e realização da atividade dentro do prazo.
Individual
2 dias
Fórum, Protifólio individual e exercício
Texto: “Estudo de caso Sr. Alberto”
Discussão no fórum, texto em formato doc. e execução do exercício na ferramenta.
A atividade será comentada e avaliada com no máximo 3 dias após o encerramento do prazo.
Aula 6 – atividade 33
Círculo de revisão
Os participantes analisarão o plano de aula de outro colega, destacando divergências, pontos positivos e negativos.
Promover uma interação através da exploração dos planos de aulas dos colegas
-Critérios na abordagem dos pontos elucidados.
- Organização e realização da atividade dentro do prazo.
Individual
2dias
Portifólio individual
-------
Texto em doc. Disponibilizada na ferramenta Portifólio.
A atividade será comentada e avaliada com no máximo 3 dias após o encerramento do prazo.


CAPÍTULO 4 – Análise da Proposta de Projeto Instrucional.

Atualmente, não há como negar a necessidade das instituições em se modernizarem e repensarem novas formas de atingir a sua missão. Se antes era valorizado o homem detentor de uma grande quantidade de informações devido à precariedade das formas de comunicação vigentes, hoje é fundamental que se consiga lidar com o enorme volume informativo potencial disponível. Pode-se atribuir essa evolução à Internet, o que está modificando profundamente os modos de aquisição de informação e conhecimentos, dando origem a uma nova sociedade – Sociedade da informação. Tal mudança gerou a necessidade de que a educação reveja sua função para diante dessa nova sociedade adote uma postura pedagógica mais rica e adequada ao novo cotidiano.
Seymour Papert[1] que inicialmente propõe uma metodologia, ou “filosofia”, e uma linguagem de programação Logo, que construíram a abordagem construcionista. Posteriormente, com o advento de novas ferramentas de informática, suas idéias foram aplicadas a outros ambientes computacionais além do Logo, tais como redes de comunicação à distância (Internet e similares), programas aplicativos (processadores de banco de dados, etc.) jogos, similares e outros.
A utilização de computadores segundo os princípios construcionistas foi proposta por Papert (1985, 1994) com base nas idéias de diferentes pensadores contemporâneos – idéias que não se contrapõem, mas se inter-relacionam, em um diálogo que as incorpora a um processo de descrição-execução-reflexão-depuração.
Um desses pensadores, que Papert baseou-se, foi Dewey (1979) que:
“Formulou uma filosofia educacional empírica que propunha a aplicação do método científico em situações de aprendizagem que se caracterizam por um “continuum” experiencial. Considerou a aquisição do saber como fruto da reconstrução da atividade humana a partir de um processo de reflexão sobre a experiência, continuamente repensada ou reconstruída. Toda experiência em desenvolvimento faz uso de experiências passadas e influi nas experiências futuras”. (DEWEY, 1979:17, 26. APUD Freire, P, 1995)
Baseou-se também em Paulo Freire (1995) que defende “educação progressista e emancipada no sentido histórico e libertário, que a prática educativa é o elemento fundamental no processo de resgate da liberdade”. (FREIRE: 1995:91). A educação deve priorizar o diálogo entre o conhecimento que o educando – sujeito histórico de seu próprio processo de aprendizagem – traz e a construção de um saber científico. A visão de mundo do aluno é incorporada ao processo, que está sempre associado a uma leitura crítica da realidade e ao estabelecimento da relação de unidade entre teoria e prática.
Segundo Jean Piaget (1972), a inteligência é um instrumento de adaptação do sujeito ao meio. As relações epistemológicas que se estabelecem entre o sujeito e o meio implicam um processo de construção e reconstrução permanente que resulta na formação de estruturas do pensamento. Tais estruturas se formam se conservam ou se alteram através de transformações geradas a partir das ações interiorizadas.
A teoria de Vigotski (1994), que Papert (1994) baseou-se, enfatiza que a aprendizagem se encontra envolvida no desenvolvimento histórico-social do sujeito e que esse desenvolvimento não ocorre sem a presença da aprendizagem – que é a fonte do desenvolvimento. Assim, os processos de desenvolvimento e de aprendizagem não são coincidentes; o desenvolvimento segue a aprendizagem e esta origina o surgimento da ZPD (zona proximal de desenvolvimento) considerado por ele que a criança só pode operar dentro de certos limites situados entre o seu desenvolvimento – já atingido – e suas possibilidades intelectuais.
Maria Elizabeth de Almeida (2000) coloca que:
“Uma abordagem que emprega os instrumentos culturais como elementos de transformação social provocam frontalmente uma ruptura epistemológica com o ensino tradicional e ainda, ao incorporar as idéias dos pensadores, Papert considera as iniciativas, expectativas, necessidades, ritmos de aprendizagem e interesses individuais dos alunos; valorizam ainda a iniciativa do professor e suas intervenções em atividades que não são meras seqüências de conteúdos sistematizados nem tampouco simples experimentações espontâneas. Dessa forma, cria-se uma rede de inter-relações de conteúdos, estratégias e pessoas, o que demanda um trabalho cooperativo e uma mudança nas relações professor-aluno e aluno-aluno. Isso conduz a um pensar interdisciplinar, dialógico, que poderá provocar uma mudança de paradigma educacional. (ALMEIDA: 00:71)
O curso dispõe de uma metodologia renovadora para os professores, pois oferecem simulações funcionais na aplicação da informática educativa em suas aulas, na utilização de seu conteúdo anual, somado as novas habilidades que adquirirá ao término do processo.
Sabe-se que hoje a maioria das escolas dispõe de laboratórios de informática e muitas delas não são utilizadas pelos professores, porque encontram dificuldades em como utilizar esse recurso, que na elaboração de aulas levem o educando a adquirir conhecimento com o uso da tecnologia.
O computador não pode ser considerado um mero instrumento de pesquisa ou depósitos de documentos, mas, além disso, pode ser uma ferramenta riquíssima no aprendizado, pois quando se pensa em informática educativa têm-se duas abordagens a ser adquirida por uma instituição, uma delas é a concepção construtivista, utilizada como um instrumento que permite aos alunos buscarem suas informações a fim de confrontá-los com as obtidas por seus pares. Neste confronto são criadas situações que permitem aos alunos dialogarem com o conhecimento, tornando-os, então, sujeitos de sua própria aprendizagem.
Assim o conhecimento não é fornecido ao aluno, mas é construído por ele, formando-o dentro de uma concepção crítico-reflexiva, estando assim o que objetiva o curso.
A segunda seria a concepção instrucionista que prepara o aluno para utilização de recursos do computador baseados na instrução programada, sendo compostos por atividades mecânicas e repetitivas, baseadas na Teoria Behavorista de B.F. Skinner (http://www.ead.unifei.edu.br/~teleduc/cursos/diretorio/leituras_1270_38/TA%20&%20Internet.pdf?1232502384. Acesso em: 18/06/2008), integrando perfeitamente como um recurso voltado para o ensino tradicional por levar a situação que reforçam a aprendizagem passiva, que se baseiam em tarefas de memorização.
Nesta proposta de projeto visa-se a preocupação da inovação a uma aprendizagem que capacite o homem para a realização de atividades nos três domínios da ação humana: a vida em sociedade, atividade produtiva e a experiência subjetiva, visando à integração no tríplice universo das relações políticas, do trabalho e da simbolização subjetiva, onde a informática educativa traz uma interação dinâmica em relação a todas as outras tecnologias existentes nas escolas: televisão, vídeo, aparelho de som, e outros, pois ligam diretamente com o mundo e a atualidade tanto com utilização de softwares, Office e como a Internet, que é intensamente mais rápida, podendo receber e mandar informações imediatas, pois seduz o educando ao aprendizado, trazendo-o a participar efetivamente à aula.
Segundo Sanmya Feitosa Tajra(2001), (Érica):
“O ganho do computador em relação aos demais recursos tecnológicos, no âmbito educacional, está relacionado à sua característica de interatividade, à sua grande possibilidade de ser um instrumento que pode ser utilizado para facilitar a aprendizagem individualizada, visto que ele só executa o que ordenamos; portanto, limita-se aos nossos potenciais e anseios. Além disso, vários dos recursos tecnológicos podem ser incorporados ao computador. (...) O computador é uma máquina que possibilita a interatividade em tempo real. O conceito básico de diferenciação dessa máquina em relação às demais, também, se dá por conta do seu próprio sistema de funcionamento: entrada, processamento e saída de informações – sistema do qual nenhuma outra máquina dispõe”. (TARJRA:01:49,50)
A informática educativa inova a pedagogia e transforma a atitude de um profissional da educação, vindo para direcionar o papel do professor, que deixa de ser o único detector do saber e passa a ser o mediador entre o conhecimento e o aluno; direcionando as fontes de pesquisas para que recursos já existentes, jornais, revistas, enciclopédias, vídeos e agora, podendo optar por mais uma, o computador, onde o aluno torna-se mais curioso, se auto-ajuda, desenvolve sozinho grande parte das atividades, aumenta sua capacidade de concentração, estimula o aprendizado de novos idiomas e contribui para o desenvolvimento das habilidades de comunicação e de estrutura lógica de pensamento.
O curso foi estruturado para que o aluno desenvolva seu conhecimento e habilidades conforme vão teoricamente se informando e executando as atividades. A elaboração do curso dentro do ambiente de aprendizagem dará ao aluno uma linearidade, que possibilitará um novo olhar ao final do curso sobre como aplicar seus conteúdos com a utilização das novas tecnologias.
O aluno perceberá que todas as interfaces propiciam a construção e reflexão, pois apresenta uma agenda que dispõe a teoria e a prática de execução daquela atividade, com indicação do próximo passo, onde estará disponível a descrição da atividade numa ferramenta com o mesmo nome.
A disponibilização do material teórico localiza-se na ferramenta “Material de apoio” que da mesma forma está indicado na ferramenta anterior, onde ele passou antes de chegar a esta, a ferramenta “Atividades”.
Todo produto individual ou em grupo, elaborado pelos participantes, encontra-se no “Portifólio”, quando material escrito, no “mural” quando formarem uma bibliografia e na ferramenta “exercícios” que possibilitará a reflexão do conhecimento pelo aluno em sua execução.
Importante destacar que os tutores estarão disponíveis para qualquer dúvida, e ainda, existe uma ferramenta de comunicação, o “correio” que entra nesta estrutura para interação dos participantes e com a própria equipe.
O “fórum de discussão” é outra ferramenta de interação que possibilita a integração e troca de experiências e opiniões sobre diversos assuntos, que são pertinentes ao curso e completarão a construção do conhecimento dos alunos.
Com certeza a função deste curso é que o aluno perceba a preocupação em que eles adquiram habilidades em como elaborar aulas, utilizando o computador de forma significativa, o curso é baseado em simulações que são situações que farão parte da execução de suas aulas e que ao enfrentá-las não será novidade, pois já estão previstas e com a construção de seus projetos as atividades serão elaboradas para incorporar a aprendizagem.
Segundo José Manuel Moran:
“Ensinar e aprender, hoje, não se limita ao trabalho dentro da sala de aula. Implica em modificar o que fazemos dentro e fora dela, no presencial e no virtual, organizar ações de pesquisa e de comunicação que possibilitem continuar aprendendo em ambientes virtuais, acessando páginas na Internet, pesquisando textos, recebendo e enviando novas mensagens, discutindo questões em fóruns ou em salas de aula virtuais, divulgando pesquisas e projetos”. (http://www.eca.usp.br/prof/moran/inov_1.htm - acesso 05/07/2008)
O curso é significativo por abranger as teorias existentes de construção de conhecimento e habilidades que possibilitarão ao participante elaborar qualquer aula ou projeto com a utilização das tecnologias sem medo de errar, pois o erro também é previsto e faz parte do conhecimento e por ser construído com a intenção de aprender na prática passa a ser altamente significativo.
Os participantes, educadores ou aspirantes, perceberão que a rotina de trabalho é essencial para o sucesso do curso. Organizar-se de forma a agendarem pelo menos uma hora por dia para o estudo e execução das atividades é primordial para seu aprimoramento.
Os encontros presenciais são altamente importantes, primeiro pela interação com o grupo, segundo que requererá do participante responsabilidade em relação ao outro, pois o grupo de trabalho a que ele participa dependerá dele para as apresentações e obviamente ao contrário.
Esta proposta oferece um formato diferenciado em relação à pedagogia e metodologia apresentada aos interessados, mas pode-se oferecer um pequeno grau de risco em relação aos cursos oferecidos por instituições já consolidadas no EaD, Portanto faz necessário que este curso seja implementado em instituições com padrões de referência descritas na SEED/MEC (Secretaria da Educação /Ministério da Educação e Cultura) (http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf. Acesso em 21/01/2009).
Outro fator de risco é o curso tornar-se obsoleto, determinados por profissionais que já tenham experiência na elaboração de projetos disciplinares com o uso do laboratório de informática e a vivência nas metodologias.
Sabe-se que a saída de membros da equipe trará prejuízos a qualidade do curso, portanto este curso possui uma política de integração, mas porventura venha ocorrer à falta de um dos componentes pode-se contar com a presença de estagiários que supram as necessidades imediatas.
Em relação aos riscos financeiros deve ater-se ao planejamento cuidadoso nos investimentos, contando com profissionais qualificados em sistemas de gestão e operacionalização, contribuindo para o sucesso do curso, e assim, não prejudicando a instituição e principalmente os alunos.
Outro fator identificado que pode ser um risco a essa proposta é o fato de não estar previsto uma comunicação síncrona através de chats, videoconferência, entre professor-professor, aluno-professor, que vem a ser um elemento negativo, pois para o sucesso de um curso é essencial que haja essa interação.
Além disso, não há a menção de cronogramas de atendimentos presenciais pelos tutores nos pólos ou instituições, que motive os alunos a interação entre eles, quando da necessidade de pesquisas fora dos encontros presenciais previstos.
Observa-se também, e que é essencial que seja previsto, a não identificação, dentro da proposta, elementos que prevêem a participação de alunos com necessidades especiais, mas que é perfeitamente adaptável a quaisquer participantes com necessidades, por existirem no mercado inúmeras ferramentas que possibilitam o ingresso desses alunos. (http://www.ead.unifei.edu.br/~novolivrodigital/geraLivro.php?codLivro=5&codCap=14. Acesso em 22/01/2009)

CAPÍTULO 5 – Considerações Finais.

Esta proposta de projeto nasceu de uma versão presencial, também com duração de 40 horas durante uma semana, oito horas por dia e transformá-lo em um curso à distância foi altamente produtivo e enriquecedor, pois como o tema envolve justamente capacitarem profissionais da educação a utilização de novas tecnologias em suas aulas foi essencial convertê-lo, no sentido de enriquecimento na formação de profissionais da educação que introduzirão ferramentas de aprendizagem de forma significativa, eliminando a idéia que o computador serve somente como meio de pesquisa.
É importante aprimorar ainda mais esta proposta, pois quanto mais interativo e significativo, mais os profissionais da área da educação se interessarão em melhorar metodologias em suas aulas e projetos.
Como o curso é baseado na simulação de situações provenientes de problemas ou não, que devem ser administrados e como incorporar os conteúdos as novas tecnologias, um número de atividades que envolvam a teoria seje essencial para o aprimoramento individual.
Os interessados devem se sentir seguro ao introduzir o computador de forma significativa às aulas, portanto enriquecer-se teoricamente é uma forma de lapidar metodologias praticadas instintivamente, tornando-as seguras e significativas.
Segundo os teóricos já mencionados a interatividade é uma estratégia fundamental em um curso à distância, pois é ela que traz ao aluno o entusiasmo de crescimento e participação no grupo de colegas, que buscam o mesmo objetivo.
A elaboração desta proposta de projeto foi sem dúvida um desafio, que abriu olhares a ferramentas, formas e estratégias que até então não se podia pensar. O olhar do outro quando promoção de discussão em grupo fez-se perceberem equívocos e enriquecer aulas; modificar atividades que a princípio parecia bem colocada, mas no momento de uma discussão na elaboração das etapas deste trabalho foi possível aprimorar e torná-las mais interativas.
Um elemento a ser revisto nesta proposta de projeto instrucional, talvez seja substituir algumas atividades proposta dentro das aulas, que estão apresentadas em formato doc., por vídeos, ou ainda, atrativos: como animações, texto em formato ppt.
A educação a distância é uma proposta interessante para educação, uma vez que algumas universidades já se utilizam desse recurso como forma de dinamizar seus cursos. Muitas instituições de ensino já formam seus cursos numa versão semi – presencial, ou mesmo, parte do curso à distância que se tornam cursos mais atrativos, principalmente àqueles alunos que trabalham, portanto estruturar os cursos de forma interativa, afetiva e significativa é o tema aqui proposto dentro deste trabalho que tem como foco desenvolvimento de aulas aos segmentos do ensino fundamental ou médio.
Pode-se concluir que a proposta de Projeto Instrucional para o curso “Uso das Tecnologias em projetos disciplinares”, atingiu seu objetivo, pois oferece aos profissionais da área da educação uma proposta no que se diz respeito a metodologias dentro de um laboratório de informática, onde salienta não somente um recurso de pesquisa aos seus alunos, mas que possam conduzi-los a uma concepção crítico-reflexiva.


[1] Criador da Linguagem de programação em Logo que tem como objetivo a possibilidade do uso pedagógico dos computadores.

Monografia em andamento.
Curso à distância - Universidade de Itajubá - Designer Instrucional
Prof. Dr Sebastião Simões da Cunha Jr